segunda-feira, 31 de março de 2008

Hoje é dia de Maria

Lavar roupa é assunto realmente importante. Requer organização e paciência, além, é claro, que sabedoria. Quem nunca recebeu um conselho para não estragar uma peça querida antes de lavar? Pois bem, assim como a vida, lavar roupa é um ato de coragem. Em muitos sentidos, é claro. Lavar a roupa suja é tão importante para a casa quanto para um bom relacionamento. E tudo que é feito com cuidado se resolve no final.

Lavar as roupas de maneira adequada pode ajudar a aumentar a durabilidade das peças. Separar por cores, utilizar os produtos corretos, secar a sombra, na vertical ou na secadora – o bicho de sete cabeças também existe na lavanderia. Mas com paciência tudo fica mais simples e você vai ver que no final, também mais rápido. Pegue seu monte de roupas e vá direto para a área de serviço. Prestando atenção em cada etapa do trabalho, vou deixar algumas dicas que vão reduzir significativamente o tempo e o esforço que essa atividade exige.

Organizando o dia de Maria:

Separe as peças por cor e importância – eu faço muito isso com as minhas roupas favoritas e tem dado muito certo. Elas duram mais porque eu lavo cada uma separadamente atentando para suas peculiaridades.

A segunda separação acontece por conta da especificidade do tecido. Da pilha de peças escuras, surgirão duas: a das que desbotam e a que não. Depois olhe bem a quantidade de sujeira, detalhe que interfere no resultado final. Isso serve tanto para as peças claras quanto para as escuras.

Então temos várias pilhas: pilha clara, pilha escura, pilha de roupas delicadas, pilha das muito sujas e das nem tanto e as pilhas que contém tecidos sintéticos e a que contém tecidos naturais. Feito tudo isso, começa a lavação propriamente dita. Feche o zíper das calças, abotoe os botões das camisas e vamos lá!

Até parece um trabalho bom de se fazer. Eu concordo que não é. Mas como já disse é fundamental para o andamento das coisas em casa. Quem já não fez um momento lavagem de roupa suja na vida? Bem por isso, você já deve ter um sabão em pó, um amaciante e um alvejante de preferência. Muito bem. Só tome cuidado com alguns detalhes antes de jogar tudo na máquina:

* Nunca coloque esses produtos direto nas roupas. Diluir é a grande dica para evitar manchas.

* Não sobrecarregue a máquina de lavar. Coitada. Pense em você lavando tudo aquilo à mão e coloque somente o que cabe no tambor. Mesmo assim, utilize sempre a capacidade máxima da lavadora e aproveite para economizar luz e água.

* Centrifugue mais de uma vez as calças jeans e toalhas, por exemplo. Facilita a secagem.

* Quem tiver a sorte de ter um quintal, aproveite para secar as peças ao sol. O cheirinho fica muito diferente.

No varal:

* Pendure as peças pela extremidade mais firme. Roupas brancas e de cores claras devem secar ao sol e as de cores brilhantes à sombra.
* Verifique se o varal e os prendedores de roupa estão limpos.
* Utilize cordas de plástico ou de arame recoberto com plástico e, antes de utilizá-lo, limpe-o com pano úmido.

Muitos sites dão dicas incríveis de como lavar roupas. Logo mais vou colocar as melhores e as que mais uso. Essa dica do varal veio direto do http://casa.hsw.uol.com.br/dicas-sobre-como-lavar-roupas8.htm. Achei super instrutivo!

sexta-feira, 28 de março de 2008

A importância da importância

Quanto vale um sorriso? Um obrigado? Um “não sei viver sem você”?

Já pensei algumas vezes sobre isso. Eu, particularmente, não me importo com essa medida, mas ela existe para quem a cobra e para quem a pratica. Pense bem. Hoje uma pessoa muito importante me disse que não saberia como viver sem mim, e não foi meu marido (é obvio que ele seria a primeira pessoa a dizer isso). Eu me senti tão especial e importante na vida de alguém quanto ela (sim, foi uma mulher) é na minha vida. E isso é muito bom. Pra mim, esse é o valor da vida – sentir que vale a pena fazer coisas boas, sempre.

É pensando em coisas boas que me vem à cabeça alguma receita. Incrível como a comida nos remete a certas delícias da vida. Uma viagem inesquecível, uma noite fantástica, um dia especial. Eu recordo muito dos sabores de temperos e da bebida que elevou os sentidos. Para mim, nada melhor que uma boa massa e um bom vinho para comemorar ou esquecer maus bocados.

Espaguete à carbonara
Ingredientes:
320 g de espaguete
100 g de toucinho defumado
4 gemas
1/2 xícara (chá) de queijo pecorino ou parmesão ralado
sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de Preparo:

Corte o toucinho em cubos médios, coloque em uma panela sem nenhum tempero e deixe refogar, em fogo baixo, até ficar crocante e a gordura derreter. Retire do fogo e mantenha quente. Coloque o espaguete para cozinhar em bastante água fervente com sal, até que fique “al dente”. Enquanto isso, coloque as gemas em uma tigela, junte 1pitada de sal, 1 generosa pitada de pimenta-do-reino e metade do queijo ralado. Bata bem até obter uma mistura homogênea. Coloque a panela com o toucinho novamente no fogo. Assim que aquecer, adicione o espaguete escorrido, despeje a mistura de gemas e deixe mais um pouco no fogo, mexendo sem parar, até a gema aderir bem à massa. Retire do fogo, polvilhe com o queijo ralado restante e sirva imediatamente, bem quente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Gênio da lâmpada

Quem nunca pensou em fechar os olhos e assim que abri-los ter todos os problemas resolvidos? Eu sei que não sou a única.

Noite passada eu imaginava como organizaria minhas fotos em casa. Em que tipo de álbum usar para não deixar nenhuma imagem de fora. São tantos bons momentos que fazem com que eu esqueça o que me incomoda hoje em dia. Sabe, não há tanta coisa trazendo rugas ao meu rostinho, mas não sei você, eu sou muito crítica com a vida. Não é tudo que me chateia, mas o que me aborrece, aborrece profundamente.

Voltamos ao caso de eu não conseguir resolver nada com o piscar dos olhos. Seria tão prático. Veja bem:
Cena 1 – louça suja na pia.
Uma piscadela e pronto.

Cena 2 – casa para arrumar.
Um piscar de olhos e sim, tudo no lugar.

Cena 3 – falta de guarda-roupa.
Um abre e fecha e está lá, ele, enorme, organizado, como sempre quis.

Alguém sabe como eu consigo fazer isso?

terça-feira, 25 de março de 2008

Torta de Chocolate

Direto do site do Olivier Anquier, ai que chique!
Ingredientes:

PARA A MASSA:
• 1kg de farinha especial
• 400 g de manteiga dura
• 150 g de açúcar
• 1 pitada de sal
• 300 ml de leite em temperatura ambiente
• Manteiga para untar a fôrma

PARA O RECHEIO:
• 300g de chocolate amargo picado
• 300g de creme de leite

Prepare a massa assim:
• Pré-aqueça o forno a 160ºC;
• Em um recipiente, junte a manteiga, a farinha, o açúcar e o sal e misture bem até obter a consistência de uma farofa grossa;
• Faça um buraco no centro da farofa e acrescente o leite de uma vez só;
• Misture delicadamente com as pontas dos dedos até a farofa ficar com uma consistência homogênea e mais grossa;
• Cubra-a e leve à geladeira por 2 horas para descansar;
• Pegue um pouco de farinha para ajudar a abrir a massa, primeiramente com as palmas das mãos, em seguida com um rolo;
• Forre com ela o fundo e as bordas de uma fôrma redonda, untada com manteiga;
• Fure o fundo da massa com um garfo para que não estufe;
• Após furá-la na fôrma, preencha-a com qualquer cereal seco que estiver ao seu alcance (feijão, arroz, etc);
• Coloque no forno pré-aquecido por cerca de 20 a 30 minutos (até a borda da massa ficar levemente dourada);
• Resfrie a massa e então retire o cereal.

Prepare o recheio assim:
• Aqueça o chocolate com o creme de leite em banho maria até obter uma mistura cremosa; (se o creme de leite for de lata, a dica é acrescentar uma colher de amido de milho e um pouco de leite);
• Aguarde resfriar.

Prepare a montagem da torta assim:
• Coloque o recheio dentro da massa (ambos resfriados);
• Deixe resfriar por mais alguns minutos;
• Coloque a torta na geladeira até o chocolate se solidificar.

O exercício da paciência

Você está com muita fome. Se não tivesse feito uma boa refeição no almoço, juraria que está sem comer faz dias. Imagine então que você resolve fazer uma receita bem saborosa, das suas preferidas. (Pensei em uma torta de chocolate com uma calda tipo brigadeiro...) É claro que vai demorar. Por isso você come qualquer coisinha pra enganar o estômago e espera. Até o bolo ficar pronto, você abre umas 356 vezes o forno, o que dificulta o cozimento e deixa o bolo baixinho, baixinho (parece que você soprou em cima dele ou coisa parecida). Até o prato ficar pronto, você abriu a geladeira mais 14 vezes, comeu outras coisinhas sem importância e bebeu meio copo d’água. Agora confesse. Quando o bolo fica pronto você nem espera mais por ele. Já comeu tantas coisas sem importância que nem sente mais fome.

Tudo bem. Isso é muito comum. E quantas vezes você tomou a mesma atitude nas situações do dia-a-dia?

Muitas vezes não temos paciência para esperar o tempo certo das coisas. Outras vezes passamos da validade esperando algo acontecer. Vale a voz da experiência: Não há mal que sempre dure nem bem que sempre perdure...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Fazer o bem sem olhar a quem

Mudar sempre é bom. Eu comecei cedo as trocas de lugar. Quando saí de casa, com 17 anos, mudei sozinha pela primeira vez e não parei. Até hoje foram umas seis ou sete trocas de residência, em três cidades diferentes.

Mudar é quase uma experiência transcendental. Primeiro são as coisas, que são avaliadas se ainda servem ou não. Depois nós mesmos entramos nesse dilema. Mudar é bom, mas é difícil. Requer certo desprendimento, certa coragem e bastante disposição. Não bastasse o conflito, ainda é preciso escolher onde cada coisa vai morar na casa nova. No começo somos pacientes, mas com o tempo seria melhor que tudo achasse seu lugar sozinho, assim que a bagunça fosse generalizada.

Hoje estou um pouco pensativa. Percebi que na minha vida muitas coisas mudaram, tomaram rumos diferentes até mesmo do que eu tinha planejado. Isso não é ruim, mostra que tudo tem sua hora e que é importante estabelecer prazos, limites. E ainda é possível continuar a planejar. Hoje me pego pensando se fui convincente nessa questão de limites. Acho que fui um pouco desleal com alguns deles, me deixei levar pela emoção do momento e acabei esperando um pouco mais do que queria para alcançar meus objetivos. Receio também não ter sido muito clara nas palavras nem tão enérgica quanto deveria ao estabelecer esses limites. Mas agora tento ver com outros olhos os problemas que me aborrecem, sou muito mais complacente com as situações diárias e penso mais antes de falar. Confesso que ainda não consigo abstrair algumas situações que me incomodam, mas a cada dia eu aprendo a respeitar atitudes alheias.

Comecei a repensar minhas mudanças e ver como as pessoas encaram as suas. Eu sei que cada um é cada um, mas é difícil entender certas coisas. Eu me pergunto muitas vezes: é tão complicado enxergar quando você ultrapassa sua fronteira e começa a interferir na vida dos outros? Nunca é tarde para aprender a pensar nas pessoas assim como pensamos em nós mesmos. E nunca é tarde para cair na real e ver o que os outros fazem por você. As recompensas da vida, meu caro, demoram, mas vêm com consistência. Basta conhecer bem as pessoas que te cercam.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Cada copo em seu lugar

Vamos aos fatos. Você tem uma vida boa. Eu tenho e me orgulho disso. Minha família é especial e, como toda boa família italiana é cheia de amor. Meu marido é muito melhor do que eu poderia imaginar. O que está errado então?

Acontece que muita gente não consegue se acomodar nem com essa atmosfera de calma e felicidade em que vive. Eu me incluo nessa leva de pessoas que sempre quer o melhor, porém, muitas vezes deixa de ver que tudo está muito bem, obrigada. Falo isso, pois sei que reclamo de barriga cheia. Tenho muito mais do que um dia pensei, a começar pelos momentos felizes em família. Quem não gosta de chegar em casa e saber que alguém te espera ou que essa pessoa vai chegar e sorrir em te ver? Quem não gosta de ter a certeza que pode contar com alguém para o que der e vier? Tá certo, os amigos entram nessa elevada classe que estimamos. Aliás, muitos deles correspondem à família que escolhemos, aquela que amamos incondicionalmente. Sim, sou filha única, mas minha família é grande.

Você já pensou em quantas vezes foi injusta com a própria vida? Pense bem. Quase todos os dias reclamo da vida. Das coisas que não consegui realizar. De tudo que ainda quero fazer e não fiz. Mas cada vez mais aprendo com isso. Aprendi, por exemplo, que esperar meu marido pra jantar não é um problema – eu sinto uma fome enlouquecedora à noite – e sim um grande prazer diário. Vale à pena abrir mão de certas coisas que antes eram tão comuns, por simples atitudes. Antes eu comia sozinha e a vida não tinha a mesma graça.

É verdade. Sou bem feliz e sei disso. Claro, muitas coisas ainda não estão do jeito que eu quero, mas tenho muito tempo pra colocar minha cara em tudo. Eu quero, por exemplo, ver todos os meus copos organizados por tamanho e com espaço para pegar, com calma, cada um deles. Eu sou apaixonada por copos. Isso é pedir demais?

quarta-feira, 19 de março de 2008

Do início

Você já parou para olhar sua vida e se deu conta que está tudo meio fora do lugar? Essa situação é mais comum que se imagina. Seja no trabalho, na vida pessoal e principalmente lançando um olhar crítico – outras vezes nem tanto – em sua própria casa. Quantas coisas merecem um lugar só pra elas? Um armário, um papel, um HD e até mesmo suas memórias têm um espaço que são só delas.

Olhe bem ao redor. Como está sua vida? Seus sonhos? Suas finanças? Há planos para o futuro? Não há nada melhor que sonhar alto e chegar o dia de alcançar o objetivo. Abra sua caixa de recordações e se aproprie dos melhores momentos. Muitos deles são a realizações das pequenas e grandes coisas do dia-a-dia e cabe a cada um guardar o melhor para si.

Volte então ao seu redor. Numa analogia simplista, sua vida é sua casa. Eu preciso admitir que não sou uma pessoa ordeira, mas me acho na minha bagunça. O problema maior é o amor que tenho por minhas coisas. É comum empilhar revistas, livros, roupas e até sapatos, tão queridos, que um dia vão para a sessão desapego. Vão sim. Um dia.

Agora, na vida a dois, as coisas se multiplicaram. São muitas delas a encontrar um lugar, seja na estante ou na gaveta de talheres. Quem que resolveu morar junto (ou casou) e nunca pensou em jogar tudo fora e começar de novo? Pois bem eu sou uma delas.

Vamos por partes. E aqui vou dividir tudo o que funcionou na minha casa e na minha vida. Bem-vindo à vida boa de casada!